Ao longo das 63 páginas do documento, no entanto, o Ministério da Defesa não apontou nenhuma irregularidade ou fraude no sistema. O documento afirma que os dados dos boletins de urna impressos ao final da votação conferem com os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Conclui-se que a verificação da correção da contabilização dos votos, por meio da comparação dos Boletins de Urnas (BU) impressos com dados disponibilizados pelo TSE, ocorreu sem apresentar inconformidade”, diz um trecho do documento.
O relatório, no entanto, faz críticas em relação às condições nas quais o processo de fiscalização do sistema eleitoral foi feito e sugere melhorias.
“Observou-se que, devido à complexidade do SEV (sistema eletrônico de votação) e à falta de esclarecimentos técnicos oportunos e de acesso aos conteúdos de programas […] não foi possível fiscalizar o sistema completamente, o que demanda a adoção de melhorias”, diz um trecho do documento.
Em nota divulgada no site do Ministério da Defesa, a pasta diz que o trabalho feito pelos técnicos militares foi realizado dentro da legalidade.
“O Ministério da Defesa e as Forças Armadas reforçam o compromisso com o Povo brasileiro, com a democracia, com a defesa da Pátria e com a garantia dos Poderes Constitucionais, da lei e da ordem”, diz um trecho da nota.
Por outro lado, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, disse, também por meio de nota, que recebeu o relatório dos militares com “satisfação” e reafirmou a lisura do sistema eleitoral do país.
“O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu com satisfação o relatório final do Ministério da Defesa, que, assim como todas as demais entidades fiscalizadoras, não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”, disse Alexandre de Moraes, em nota.
“O TSE reafirma que as urnas eletrônicas são motivo de orgulho nacional, e que as Eleições de 2022 comprovam a eficácia, a lisura e a total transparência da apuração e da totalização dos votos”, completou o ministro.
A nota diz ainda que as sugestões feitas pelo Ministério da Defesa serão analisadas “oportunamente”.